quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Linux VS Windows


Sou usuário de Linux já há alguns anos, mas recentemente eu comprei meu primeiro computador com Windows, por um simples motivo: o Microsoft Office está muito a frente das opções livres. O Libreoffice é legal, mas ainda tem que penar um pouco para alcançar o produto da Microsoft.

E antes que alguém possa me acusar de incoerência pelo que disse em março deste ano (As aventuras de um ex-pirata), já digo que não mudei de idéia (pelo menos não ainda). Tudo que disse lá continua válido, especialmente a questão da pirataria (sim, meu Windows é original e meu Office é original). Eu apenas cedi ao Office da Microsoft por necessidade.

O desktop aqui em casa continua rodando o Linux Ubuntu, firme e forte. E para não esquecer das qualidades do Linux, um vídeo bacana sobre como o Linux é feito:



quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O nome da bola


http://www.adidas.com.br/nome-da-bola-2014/assets/img/img-carnavalesca.jpg

Bossa Nova, Carnavalesca ou Brazuca. Um desses nomes vai ser o nome da bola da Copa 2014. E em uma jogada de marketing, a Adidas deixou isso para ser decidido por votos: http://www.adidas.com.br/nome-da-bola-2014/


E por que estou falando disso? Simplesmente para deixar registrado que não votei e não vou votar, pois não gostei de nenhuma das opções.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A escala pentatônica

Bobby McFerrin photo by Szaniszlo Ivor 2
Bobby McFerrin photo by Szaniszlo Ivor 2 (Photo credit: Wikipedia)
Acabei de ver um vídeo interessantíssimo.

No vídeo, Bobby McFerrin (esse da foto ao lado. Se você, assim como eu, não consegue reconhecer a pessoa da foto e nem o nome, procure no procure no youtube por "Bobby McFerrin dont worry") faz um exercício interessante com a platéia que o assiste... e todos acompanham!

Vejam o vídeo:




Impressionante. Mas mais impressionante é o que ele fala no final (em tradução livre): "o mais interessante é que, não importa onde estou, em qualquer lugar, toda platéia consegue fazer isso... por alguma razão, todos conhecem a escala pentatônica".

Quem é guitarrista sabe muito bem o que é a escala pentatônica. O Slash está aí para provar isso. Quem não sabe o que é, google it.

Não sei o que foi dito na continuação dessa palestra, mas se ele estiver certo nesse ponto específico, isso significaria que realmente a música é universal, uma "linguagem" que todos "compreendem".

Não sei se ele está certo, mas é muito legal pensar assim.
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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Incoerências...


Acabo de ler um artigo excelente a respeito do aborto. Recomendo a qualquer um que esteja interessado no assunto: http://pedrosette.com/2012/04/maternidade-opcional-x-paternidade-obrigatoria/

Concordo com o autor. Já há muito tempo que considero o aborto como uma atitude deplorável (egoísta, cruel, irresponsável, por demais extrema, etc, etc, etc.), mas nunca tinha percebido que defender o aborto também pode ser incoerente.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Um pouco de boa música para alegrar o dia - Robben Ford

Truth (Robben Ford album)
Truth (Robben Ford album) (Photo credit: Wikipedia)

Já faz tempo eu gosto de ouvir o Robben Ford, mas ouvi agora uma música em que ele se superou: Riley B. King.

Essa música faz parte do álbum Truth, que eu ainda não conhecia. Aliás, esse álbum é muito bom. Já há muito tempo que eu não ouvia um álbum tão bom quanto esse.

Eis um vídeo da música ao vivo (foi o que eu achei no Youtube, mas na minha opinião a versão de estúdio é mais legal que essa ao vivo. Aliás, de forma geral sempre prefiro as versões de estúdio):





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sexta-feira, 13 de julho de 2012

A ganância e o caso das ações da Mundial

Acabei de ler uma notícia no blog do Saro Jr. (blog muito bom, por sinal) sobre a investigação em torno das ações da empresa Mundial (quem nunca ouviu falar do assunto, Google it).

Isso me fez pensar no motivo que levou tantas pessoas a serem lesadas nesse caso. O que leva alguém a cair nesse tipo golpe? Só tenho um palpite: a ganância. É o mesmo palpite que tenho para o caso das pessoas que caem no golpe do bilhete premiado. Ganância pura e simples. Desejo de lucrar fácil e rápido. E veja, o problema aqui não é o desejo de lucrar (mesmo porque qualquer pessoa que investe deve buscar o lucro) mas sim o desejo de lucro fácil, sem que seja feito o "dever de casa". Lucro fácil não existe em lugar algum. Quem é investidor de verdade precisa saber o que faz, precisa saber em que momento entrar e em que momento sair. Fazendo diferente disso, é prejuízo na certa.

Segue aí o artigo do Saro Jr. que eu comentei: http://www.sarojr.com.br/2012/06/escandalo-da-mundial-na-bovespa.html

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Não sou o único preocupado com a privacidade!

Seguindo o assunto sobre privacidade iniciado outro dia (ver aqui), vou compartilhar o que já descobri sobre as alternativas ao Dropbox (e demais serviços de sincronização de arquivos) que prezam pela privacidade.

O primeiro é o Wuala. É um proposta bem interessante e bem diferente do normal. De acordo com as informações, os nossos arquivos são criptografados ANTES de serem enviados e depois de enviados são quebrados em várias partes, ficando cada parte em um servidor diferente. E mais importante, a chave para abrir os arquivos NÃO É TRANSMITIDA. Ou seja, apenas você teria acesso aos arquivos.

Parece muito bom, mas NÃO testei ainda. A dúvida que eu tenho é se toda essa propaganda é verdadeira. Quem me garante que minha chave de criptografia não será enviada? Sei lá. Vamos ver se posteriormente mudo de ideia e dou uma chance para o serviço.

Outro serviço muito interessante (e esse eu JÁ TESTEI) é o Owncloud. A proposta nesse caso é ter um servidor de cloud local, sem necessidade de que seus arquivos sejam enviados para um servidor externo. No meu caso, instalei o Owncloud em um servidor LAMP (para quem não sabe o que é LAMP, dá uma olhada aqui).

Funcionou muito bem no meu computador, mas ainda não tive tempo para testar a fundo.

Bom saber que existem essas alternativas.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

E se todos pularem da ponte, você também pula?

Ir com a maioria NUNCA é garantido, pelo contrário, é  a forma mais fácil de estar errado. Sempre ouvi isso e sempre concordei. Mais recentemente ouvi que "toda unanimidade é burra". Também faz sentido.

Estou falando disso porque vi um exemplo muito bom para demonstrar esse  conceito. Recomendo assistir com grande atenção:

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Privacidade, pra que te quero?!

Please!
Imagem por hyku via Flickr
Na contramão da maioria das pessoas, existem uns poucos que ainda se preocupam com a questão da privacidade. Me incluo nesse seleto grupo, mesmo estando longe daqueles mais radicais (estou no Facebook e uso celular). Mas sempre que penso a respeito, tenho a tendencia de achar que já fui longe demais...

Até que ponto compensa abrir mão da privacidade em favor da praticidade? Essa resposta eu não tenho, mas o que faço é evitar qualquer coisa que não me seja absolutamente útil e que não tenha alternativa que preze pela privacidade. Por exemplo, não uso de forma alguma os serviços do tipo check-in do Facebook ou Latitude do Google (inclusive, eu acho esses serviços a coisa mais idiota que já surgiu, mas falo disso outro dia, se der vontade). Também evito usar os serviços de cloud computing que sincronizam arquivos do seu computador com um servidor externo (Dropbox, Ubuntu One, Live Mesh, etc.). Desses, até hoje eu usei apenas o Ubuntu One, e ainda assim para sincronizar arquivos que não considero críticos (minha planilha de orçamento, por exemplo, jamais).

Talvez a minha fórmula não seja a melhor e alguns até digam que é inútil, uma vez que muita coisa já é pública mesmo contra a nossa vontade. Mas eu prefiro ser assim do que me entregar de boa vontade. É uma forma de, pelo menos, tentar permanecer consciente no meio disso tudo.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Bom para (quase) todos


Os juros caíram, mas as tarifas subiram. Para um endividado essa conta parece boa, mas e para o cidadão que não é endividado?


Atividades Financeiras
Para ter acesso às melhores condições de juros, como o cheque especial de 3,94% ao mês, os clientes do Banco do Brasil terão que aceitar pagar de 36% a 52% mais em tarifas por seu pacote de serviços. Em empréstimos mais curtos e de menor valor, o custo mais alto com a tarifa pode anular a economia com os juros oferecidos no programa "Bom Pra Todos". O gasto adicional com tarifa varia de R$ 73 a R$ 124 por ano. Apenas como exemplo, trocar um empréstimo de R$ 1 mil com prazo de 12 meses com taxa de juros de 3,5% ao mês por outro de 2% ao mês, gera uma economia de R$ 107 ao longo do período. (VE - C1)

Bancos intensificam o aumento de tarifas
Os dados dos quatro maiores bancos de capital aberto do país, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, apontam para uma alta de 17% na receita de tarifas e prestação de serviços no primeiro trimestre de 2012 em relação ao mesmo período do ano passado. O ritmo de alta deste início de ano supera o crescimento anual observado em 2011 e 2010, de 13% e 14%, respectivamente. Com o processo de fusões, maior regulação do Banco Central e pressão por aumento de salários, entre 2009 e 2011 os bancos perderam eficiência ao se comparar a relação entre as receitas de serviços e as despesas com pessoal. Se em 2009 os bancos tinham R$ 138 de receita com serviços para R$ 100 gastos em salários, a relação caiu para R$ 135 no ano passado. No primeiro trimestre, o índice subiu para 142%, ante 137% um ano antes. (VE - A1)

domingo, 6 de maio de 2012

A favor da esmola - por quê?

Nós fazemos nossos amigos e nossos inimigos, mas Deus faz o próximo que mora ao lado. (...) Ele é a amostra de humanidade que de fato nos é dada. G.K. Chesterton



Seguindo os últimos posts (ver aqui e aqui), gostaria de estender um pouco mais os motivos que me levam a ser favorável à prática da esmola.

Primeiro de tudo. O pedinte é um ser-humano. Tão humano quanto eu, porém em uma situação mais desgraçada do que a minha situação. E quem garante que eu não estaria na mesma situação que ele se encontra caso a minha vida tivesse sido um pouco diferente? Ninguém pode afirmar isso,  justamente porque ele é um ser-humano, tanto  quanto eu. Talvez a vida tenha sido mais difícil pra ele, ou talvez ele tenha tomado  decisões erradas, mas isso pouco importa. O que importa é que ele é um ser-humano, que se encontra em uma situação terrível. Uma situação em que qualquer um poderia estar.

Em segundo lugar, como eu disse no post anterior, o problema com quem precisa de esmolas é que nenhuma solução vai ser simples. Obviamente que eu entendo que o melhor seria ajudar o pedinte sair da situação de  pedinte, mas o problema é que essa solução é muito complicada e em alguns casos ela é  inviável. Por quê? Porque existem casos  que o  pedinte teria plenas condições financeiras de sair das ruas, com o suporte da família. Então o problema nesses casos é um problema psicológico, não um problema econômico.

Então veja, o pedinte é  um coitado com 2 problemas. O problema maior, de  ordem psicológica, que o impede de largar a vida de pedinte. E um problema menor, imediato, que poderia ser resolvido ou amenizado com uma moeda de R$ 1,00. Então  lhe pergunto, se eu não tenho condições de  resolver o problema maior, eu devo deixar de resolver o problema menor? Mesmo  sabendo que o problema menor está  ao meu alcance e o problema maior não está? Enquanto não encontro uma solução final para o problema dele, continuou fazendo o que posso para resolver o problema imediato.

E por último, mas  mais importante que os outros motivos acima, a esmola é uma obrigação do cristão. Ponto final.

A favor da esmola - e os contrários "não-honestos"?

Seguindo o post de Sábado (ver aqui), entendo que existem pessoas "não-honestas" entre os que defendem que as doações sejam feitas para "instituições de caridade ou para os  fundos governamentais que cuidam dos pobres" ao invés de serem feitas diretamente para o pedinte. Enquadro aqui aquelas pessoas que não estão interessadas em ajudar, mas que respondem dessa forma com o intuito de não parecerem monstros desumanos. Gostaria de falar desses aqui.

Como é  possível que alguém que  sugere as instituições de caridade e os fundos oficiais seja alguém "não-honesto"? Explico.

Essas pessoas não estão preocupadas  com a necessidade do pedinte, mas apenas com si próprias. O melhor exemplo para ver isso são os casos dos  restaurantes que não doam os restos de comida "pois se doar uma vez, os mendigos vão  aparecer aqui todos os  dias". Ora essa, não existem sobras todos os dias? É claro  que existem, obvio, então vemos que o  problema não é esse. O problema na verdade é que o mendigo é uma pessoa suja, desagradável, "um problema" que pode afastar clientes. E aqui está o meu ponto.

Veja, a necessidade do pedinte não importa, a abastança própria não importa, o que importa é que esse ser sujo e desagradável pode "ofender" os clientes.

Por isso considero que essas pessoa são "não-honestas", porque a resposta delas esconde o fato de que o mais importante não é  a necessidade dos pedintes,  mas  sim a própria necessidade.

E por isso usei o termo "não-honesto". Essas pessoas não são honestas com quem questiona a  sua opinião e não são honestas consigo mesmas. Evitei a palavra "desonesto" justamente para  evitar associações desonestidade, uma vez que a resposta dessas pessoas está mais perto da mentira do que da desonestidade.

Usei o exemplo do restaurante porque penso que com esse exemplo é mais fácil de entender, mas  a atitude desse dono de restaurante é exatamente a mesma atitude de qualquer outra  pessoa cuja opinião contrária à esmola está amparada pela aversão ao pedinte.

sábado, 5 de maio de 2012

A favor da esmola - argumentos para os contrários "honestos"

Como eu disse no último post (ver aqui), existem pessoas honestas entre os que defendem que as doações sejam feitas para "instituições de caridade ou para os  fundos governamentais que cuidam dos pobres" ao invés de serem feitas diretamente para o pedinte. Essas pessoas acreditam realmente que essa é a melhor forma  de agir. São estes que eu gostaria de responder aqui.

Nesses casos, quando estou falando com alguém "honesto",  creio  que a divergência de opiniões esteja em dois pontos que considero errados:

1° as pessoas contrárias à esmola acreditam que quem pede esmola é uma pessoa normal, que precisaria "se emendar", "criar vergonha na cara", "mudar de vida". Quem pensa dessa forma acredita que o fato das pessoas darem esmola  seria um incentivo para que esses "vagabundos" continuem na mesma situação.

Na minha opinião, isso é falso na maioria dos casos. Pelo pouco que conheço, as pessoas que pedem esmolas são  pessoas que se envergonham de pedir. Pelo menos é  o que dizem as pessoas que já trabalharam de alguma forma (servindo sopa, doando cobertores, etc.) com moradores de rua.

Mas se sentem vergonha, por que então continuam na mendicância? Acredito que o problema dessas pessoas seja de ordem psicológica, talvez a ausência de uma estrutura psicológica que  seja  normal em outras pessoas, uma estrutura que os  capacite a levar uma vida normal (isto é,  trabalhar, assumir responsabilidades, constituir família, etc.).

2° as pessoas contrárias à esmola acreditam que as instituições de caridade vão resolver o problema descrito no ponto anterior. Eu não acredito, justamente porque  eu acredito  que o problema deles seja muito mais complexo do que uma simples "vagabundice".

Agora, com relação aos fundos criados pelo governo, eu acho que qualquer um que cita essa opção em lugar da esmola é um perfeito estúpido (ainda que seja honesto). Como alguém pode achar que é melhor dar R$ 1,00 nas mãos de um político do  que dar R$ 1,00 diretamente para um necessitado? Quanto desse dinheiro dado para políticos vai chegar nas mãos de quem realmente precisa? Ora essa...

A favor da esmola

Sempre que alguém questiona minha opinião a respeito da esmola, eu acabo ouvindo o seguinte argumento: "a esmola não ajuda de verdade, ela apenas dá mais um motivo para o pedinte continuar na mesma situação". Quando ouço isso e pergunto "ok, então qual seria a solução?", a resposta mais recorrente é "você deve fazer doações para as instituições de caridade ou para os  fundos governamentais que cuidam dos pobres".

Pelo que percebo, esse tipo de resposta pode ser dado por 2 tipos de pessoas, os "honestos", que realmente acreditam que essa seja a melhor opção para ajudar os pedintes e os "não-honestos" que respondem assim porque é bonito, mas que realmente não estão muito interessados em ajudar.

Vou responder a cada um nos próximos 2 posts.

domingo, 22 de abril de 2012

Design

Duas perguntas me veem à mente ao ver essa seleção de carros conceito japoneses dos últimos 50 anos:
1° - será que é realmente talvez necessário fazer tantos carros feios pra burro, para que de vez em quando surja algum mais ou menos, e ainda mais raramente um carro legal?
2° - será que os designers tentam intencionalmente modificar o significado de "belo" ou será que o designer responsável pelo Toyota EX-II, 1969 achou que estava fazendo algo bonito mesmo?

terça-feira, 10 de abril de 2012

Com dinheiro dos outros é fácil...

Acabei de ler que uma CPI que foi aprovada para investigar o Instituto Ronaldinho Gaucho. Mas o que me chamou a atenção realmente foi a informação a seguir,  destacada em amarelo:
De 2007 a 2010, o Instituto Ronaldinho Gaúcho recebeu R$ 5,7 milhões da prefeitura e do Ministério da Justiça para oferecer atividades esportivas e culturais para crianças carentes da zona sul de Porto Alegre. No início de 2011, a prefeitura rejeitou o pedido de reajuste de 163% feito pelo empresário Roberto de Assis Moreira, irmão do craque do Flamengo, e rompeu o convênio.
Desde então vereadores de oposição questionam o custo dos contratos, que a prefeitura considera compatíveis com a oferta de transporte, alimentação e atividades complementares às escolares que o instituto fazia até 2010. Desde então, a organização não governamental dos irmãos Assis Moreira não tem mais atendido crianças carentes.
Eu não sei o  que fazia esse Instituto, nem se funcionava mesmo, e também não tenho nada contra a pessoa do  Ronaldinho, mas achei muito  interessante a Instituição fechar as portas assim.

Enquanto o dinheiro público pingava (na conta), o amor fluía. Mas quando a fonte secou, secou-se também a piedade.

É, com o dinheiro dos outros é bem fácil...

terça-feira, 20 de março de 2012

As aventuras de um ex-pirata

Hoje estou inspirado para compartilhar minhas experiências com a "legalidade", desde que decidi abandonar a pirataria por motivos de consciência.

O primeiro passo foi começar a utilizar o Linux. Comecei aos poucos, primeiramente instalando algumas distribuições lado a lado com o sistema "principal". Experimentei nessa época o Conectiva (que hoje se chama Mandriva) e o Kurumin, que já não existe mais. Em 2006 comecei a utilizar o Ubuntu, que desde então passou a ser o sistema principal na minha casa. Não me arrependo e não pretendo voltar para o Windows.

Mas nesse ponto, exatamente nesse primeiro passo que dei com o intuito de "legalizar" minha vida digital, eu tomei um caminho que dificultou em muito a honestidade no mundo virtual. Por mais paradoxal que possa parecer. E não é culpa do Linux. O sistema é muito bom, tem de tudo que eu preciso, mas ocorre que nem tudo é compatível com ele.

Eis minhas dificuldades nos 2 principais campos alvo da pirataria:

Para abandonar os mp3 piratas, pensei em utilizar algum serviço de streaming de músicas. Faz sentido, oras! Eu poderia ouvir as músicas que quisesse por uma mensalidade, permanecendo com a consciência tranquila. Mas isso é possível para um usuário do Linux? Só na minha cabeça de cidadão digital honesto. Na época eu era usuário do provedor Terra, então decidi utilizar o serviço de streaming do Terra, que se chama Sonora. Logo de cara descobri que o streaming desse site não era compatível com o Linux¹. Tentei de todas as formas, pesquisei, fiz testes com plugins, chorei e tudo o mais. A experiência foi tão ruim que desisti dessa m**** de streaming e decidi por comprar as músicas que eu gosto, da forma convencional. Por obvio que minha coleção de músicas cresceu de forma muito lenta nesse período, mas permaneci fiel à decisão de não baixar músicas, tendo inclusive legalizado boa parte da coleção e apagado a outra parte.

No caso dos filmes, eu não tinha alternativa alguma, até bem pouco tempo atrás. Durante todo esse tempo, então, utilizei a locadora (sorte do dono da locadora). Mas eis que recentemente surgiram alguns serviços de streaming no Brasil: Netmovies, Netflix e Terra Tv, só pra citar alguns. Escolhi um deles pra testar, o Netflix, e adivinhem só... não funciona no Linux².

Será que sou que  tenho o dedo podre, pra escolher justamente o serviço que não funciona? Sei lá, só sei que ser honesto neste mundo  não é fácil.

nota 1: essa experiência ocorreu há vários anos. Acabei de ver que agora o Sonora é compatível com o Linux (ou pelo menos  diz  ser). Talvez eu venha a dar uma nova chance para esse negócio futuramente...
nota 2: aparentemente a Netflix está trabalhando para criar um player compatível com  o Linux. Justo! Fico na torcida para que esse player saia logo...